sexta-feira, 23 de abril de 2010

MANUEL GALRINHO BENTO

Bento

Idade: 25-06-1948 / 01-03-2007
Nacionalidade: Portugal
Internacionalizações: 63
Posição: Guarda redes
Épocas: 20 (1971-1992)
Jogos: 611
Golos sofridos: 447
Titulos: 10 CN; 6 TP; 3ST


Carreira Desportiva

1991/92 - Benfica
1990/91 - Benfica
1989/90 - Benfica
1988/89 - Benfica
1987/88 - Benfica
1986/87 - Benfica
1985/86 - Benfica
1984/85 - Benfica
1983/84 - Benfica
1982/83 - Benfica
1981/82 - Benfica
1980/81 - Benfica
1979/80 - Benfica
1978/79 - Benfica
1977/78 - Benfica
1976/77 - Benfica
1975/76 - Benfica
1974/75 - Benfica
1973/74 - Benfica
1972/73 - Benfica
1971/72 - Barreirense
1970/71 - Barreirense
1969/70 - Barreirense
1968/69 - Sporting (Jun.A S19)
1967/68 - FC Goleganense (Jun.B S17)
1966/67 - FC Goleganense (Jun.B S17)
1965/66 - At. Riachense   (Jun.C S15)
1964/65 - At. Riachense (Jun.C S15)

O que faltava saber:

-De pedreiro a rei. Assim foi a vida do popular Manuel Galrinho Bento. Começou por aprendiz de uma arte que o poderia remir à pobreza. Desenvolveu outra arte que boleia lhe deu para o galarim dos famosos. Da primeira não consta que sublinhasse a diferença. Da segunda, a de guarda-redes, nela imperou, com o estatuto de intocável, durante mais de uma década.
-Quando aos 15 anos começou nas lides, ao serviço do Riachense, as acrobacias na defesa das redes não causaram indiferença. O Torres Novas e o União de Tomar candidataram-se aos seus préstimos. Só que o nome Bento havia já ultrapassado as fronteiras regionais. De Lisboa, do Sporting, lançaram-lhe o repto. Durante três meses, treinou-se intensamente. Um responsável leonino mandou-o ir à Golegã, proceder à desvinculação. Possesso ficou. Essa não era maneira de tratar o clubezinho lá da terra. Mala feita, viagem de camioneta, voltava o Manel para casa, com a firme convicção de que no Sporting jamais jogaria, nem por salário superior ao do britânico Gordon Banks.
-Sem que se saiba muito bem como, a noticia chegou à margem sul do Tejo. Por 15 contos apenas, corria o ano de 66, assinou compromiss pelo Barreirense.
-Em terra de guarda-redes, guarda-redes é rei. Na esteira de Azevedo e de Carlos Gomes, logo Bento se destacou. E seria memorável, para vingança consumar, a exibição que fez em Alvalade. Estávamos em 68, quando o Barreirense derrotou um Sporting, cheio de ganância do titulo conquistar. Estrondearam palmas na Luz, ganhava o Benfica esse Campeonato. Um ano volvido, mercê do quarto posto, o Barreirense habilitou-se à Taça UEFA, proclamando inegociável aquele guarda-redes de físico atípico para a função, já muito exposto às investidas benfiquistas. Na festa de homenagem a Mário Coluna, Bento teve o privilégio de substituir a Aranha Negra, o eterno Lev Yashin, num misto mundial. Desvaneceu a Luz e as juras de amor foram um ror delas. Em Agosto de 71, finalmente, preparava-se para discutir a defesa das balizas com José Henrique. No Benfica, pois então.
-Ao longo de 18 temporadas, Manuel Galrinho Bento carimbou de qualidade a sua passagem. Com agilidade felina, contumácia, praguejou adversários e sossegou companheiros. Chegou aos 16 títulos, distribuídos por oito Campeonatos, seis Taças e duas Supertaças. Num determinado período, manteve as redes invioladas durante 1290 minutos consecutivos. E marcou golos de penálti. Como aquele que garantiu a eliminação do Torpedo de Moscovo, na gélida capital russa. Um outro falhou, certo dia, ante o Sporting, na Luz, mas logo a seguir redimiu-se, retendo o remate de Jordão, disparado da marca dos 11 metros.
-Na Selecção Nacional, também Bento não deixou de emprestar toda a sua galhardia. Ainda hoje está no top dos mais utilizados de sempre. “Homem de borracha”, chamaram-lhe os jornalistas britânicos, após um empate a zero, com a Escócia, em Glasgow. E no Europeu de 84, se Chalana justifica todas as mordomias, não dá para esquecer a competência de Bento, negando, amiudadas vezes, o iminente golo da turma gaulesa.
-Já com idade para ser avô, Manuel Bento despediu-se. Mas para sempre ficará património do Sport Lisboa e Benfica.


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